quinta-feira, 3 de julho de 2014

Stephen King - Uma Breve Biografia

Encontrei uma Mini-Biografia sobre S.K, achei interessante e resolvi mostrar a todos




Stephen Edwin King nasceu no dia 21 de setembro de 1947 (um domingo), na cidade americana de Portland, Maine. Stephen foi o segundo filho (e único biológico) de Donald Spansky e Nellie Ruth Pillsbury, fato que aconteceu contra todas as expectativas, uma vez que sua mãe, Ruth, fora informada que nunca poderia gerar filhos. Stephen cresceu com seu irmão adotivo, David King, e seus pais até os dois anos de idade.

Entretanto, certa noite de 1949, mais uma surpresa recaiu sobre os King. Com a desculpa de que iria sair para comprar um maço de cigarros, Donald saiu de casa para nunca mais voltar, deixando uma humilde Ruth para criar sozinha seus dois meninos. Durante os anos que se passaram, a família King se mudou de estado para estado, conforme a necessidade ditava; eles passaram por Indiana, Winsconsin, Connecticut, e finalmente voltaram para o Maine, em 1958, onde seguiram batalhando por uma vida melhor.

Foi no ano seguinte que o pequeno Stevie descobriu seu dom. Enquanto estava na casa de sua tia, King descobriu uma caixa cheia de revistas sobre histórias de terror e ficção-científica. Foi amor à primeira vista: ele logo ficou viciado nos gibis de terror da EC Comics (em especial, “Contos da Cripta”). Inspirado por autores como H.P. Lovecraft, Edgar Allan Poe e Jack Finney, o jovem King começou a exercitar seu talento. À princípio, devido à falta de experiência do menino, suas histórias não eram muito boas ou detalhadas, entretanto, já apresentavam um charme impressionante para alguém de sua idade.




Stephen também praticava a escrita desenvolvendo críticas de programas de TV e outros tipos de artigos para o jornal caseiro de seu irmão, o “Dave’s Rag”, impresso em um mimeógrafo (comprado pelo próprio David), e vendido por pouco menos do que cinco centavos. Não levou muito tempo para que o garoto prodígio do Maine tivesse a ideia de escrever contos e vendê-los (trinta centavos, cada); ele começou a fazê-lo até mesmo dentro de sua escola, ou pelo menos até seus professores descobrirem e proibirem.




Em 1962, na época em que Stephen King e seu melhor amigo de colégio, Chris Chesley, estudavam na Lisbon High School, o rapaz escreveu seu primeiro livro. Intitulado “People, Places & Things – Volume I”, o projeto reunia diferentes contos curtíssimos escritos pelos dois amigos. Os contos de King se chamavam “Hotel at the End of the Road” (O Hotel no Fim da Estrada), “I’ve Got to Get Away!” (Eu Tenho Que Escapar!”), “The Dimension Warp” (A Urdidura da Dimensão), “The Thing at the Bottom of the Well” (A Coisa no Fundo do Poço), “The Stranger” (O Estranho), “I’m Falling” (Eu Estou Caindo), “The Cursed Expedition” (A Expedição Amaldiçoada), e “The Other Side of the Fog” (O Outro Lado da Névoa). Um ano depois, a Triad and Gaslight Books (que, na verdade, era uma editora fictícia criada por Stephen, Chris e Dave) publicou uma história maior dividida em duas partes chamada “The Star Invaders” (Os Invasores do Espaço), que possuía mais de 3 mil palavras.




Seu primeiro conto amador se chamou “In a Half-World of Terror” (a história possuia mais de 6 mil palavras), mais tarde rebatizado para “I Was a Teenage Grave-Robber”, e foi publicado em uma fanzine de terror, criada por Mike Garrett, de Birmingham, Alabama. Stevie continuou a mandar seus contos para diferentes revistas, na esperança de ganhar fama e dinheiro, sendo rejeitado várias vezes. Em 1966, Stephen King se tornou um formando na Lisbon High School, não tendo sido um aluno exemplar, mas tampouco péssimo. Mais tarde, naquele verão, King começou a escrever o esboço de um romance que a princípio se chamaria “Getting it On” (que traduzido, seria algo como “Ficando de P** Duro”), cuja premissa girava em torno de um grupo de alunos que tomam o controle de uma sala de aula e tentam fugir da polícia; tal livro só seria publicado 11 anos depois, depois de uma série de pesadas modificações, sob o nome de “Fúria” (Rage), escrito por um certo cidadão chamado Richard Bachman.




Foi apenas em 1967, já na faculdade (Universidade do Maine), onde cursava Inglês, que King publicou seu primeiro conto, profissionalmente falando. The Glass Floor (O Chão de Vidro) foi publicado na Startling Mystery Stories, o que lhe rendeu a bagatela de 35 dólares. Na Universidade, King escrevia sua própria coluna estudantil, o “Steve King’s Garbage Truck” (Caminhão de Lixo do Steve King), no Maine Campus, o jornal em circulação da faculdade. Foi também em seus anos como universitário que Stephen King conheceu, na biblioteca da universidade, o grande amor de sua vida: Tabitha Jane-Frances Spruce.




Stephen e Tabitha seguiram namorando enquanto ambos terminavam a faculdade. Em 1970, Steve finalmente conseguiu seu bacharelado em Inglês e um certificado, permitindo-lhe lecionar em colégios. Foi mais ou menos nesta época que a maior criação literária dele nasceu: O Pistoleiro. Utilizando papel verde encontrado em uma biblioteca, King começou a escrever a saga d’A Torre Negra, após uma grande inspiração que o tomara ao ler o poema de Robert Browning, “Childe Roland to the Dark Tower Came” (Childe Roland à Torre Negra Chegou), mas devido à sua precária situação financeira e ao longo caminho que a jornada de Roland Deschain começava a mostrar, King teve de por a ideia de lado. Ele começou a trabalhar como frentista, ganhando 1 dólar e 25 centavos por hora. Foi neste mesmo ano que o primeiro de seus três filhos nasceu: Naomi Rachel King.


Naomi Rachel King


Steve continuou a mandar suas histórias para revistas masculinas, sempre tentando arrecadar dinheiro para alavancar sua carreira e sua vida; seu alvo principal era a revista Cavalier. Então, em 2 de janeiro de 1971, Stephen se casou com Tabitha.  Entretanto, como não podia confiar exclusivamente na sua sorte como escritor, e agora que já estava casado e com uma filha para sustentar, King teve que continuar com seus bicos, sobrevivendo até que alguém conseguisse enxergar seu talento. Ele trabalhou em uma lavanderia industrial e depois foi um zelador. Por fim, no outono daquele ano, ele conseguiu um trabalho mais estável como professor de inglês na Hampdem Academy, ganhando um salário de 6 mil e 400 dólares por ano, isto é, pouco mais de 530 dólares por mês. Não muito depois, King acabou desenvolvendo um problema que o assombraria por mais ou menos uma década: o vício pelo álcool. Nesta época, Steve vivia com sua família em um trailer, e logo tiveram que se mudar para a cidade de Hermon, à oeste de Bangor. Ainda assim, sempre que tinha uma folga, Stephen King criava.

E no ano seguinte, ele criou algo mais: Joseph Hillstrom King e Carrie White… só que Carrie quase morreu pouco depois. King começou a escrever um conto sobre uma jovem que sofria bullying e descobriria ter poderes telecinéticos, mas, após completar algumas páginas, Stephen decidiu que não valia a pena continuar escrevendo, por não entender quase nada do mundo feminino, e jogou a história no lixo. Eis que Tabitha King recolocou o destino dos King nos eixos, apanhando os papéis da lixeira, e pedindo ao seu marido que continuasse a escrever a história. Encorajado por sua companheira, King o fez.

Terminado o manuscrito (que havia se tornado relativamente grande, de modo que agora já não era mais um conto, e sim um romance), King tentou vender Carrie, a Estranha (Carrie). Em janeiro de 1973, Stephen King entregou-o à editora Doubleday; dois meses depois, a Doubleday comprou o romance, pagando aos King 2.500 dólares para começar. No dia 12 de maio, a editora vendeu os direitos de brochura para a New American Library por 400 mil dólares, e por força de contrato, King recebeu a metade. As dificuldades financeiras cessaram e para comemorar, King comprou um secador de cabelo para sua esposa. Após o sucesso de Carrie, King pediu demissão de seu emprego como professor, e passou a dedicar seu tempo integral à escrita. Porém, pouco tempo após a primeira grande vitória profissional de Stephen, o destino lhe tirou algo muito querido.



Carrie, a Estranha, foi publicado no dia 5 de abril de 1974, mas Ruth Pillsbury King não viveu para ver isto acontecer. Aos 59 anos, a matriarca da família King faleceu de câncer de pulmão. Em seu leito,  Carrie, a Estranha (manuscrito) foi narrado para ela por Tia Emrine, e pouco tempo depois, ela partiu, mas não sem antes ter a felicidade de saber que o destino de seu filho já estava bem encaminhado. Arrasado pela morte de sua querida mãe, King se rendeu de vez ao álcool, chegando ao ponto de fazer seu emocionado discurso de despedida, no funeral dela, bêbado.

Apesar da tragédia, a vida de King só melhorou. No ano seguinte, em 1975, ele publicou Salem (‘Salem’s Lot), o que lhe rendeu o status de “escritor de horror”, o que não o deixou nem um pouco incomodado. A venda subsequente dos direitos de reimpressões lhe renderam mais 250.000. Se sua fama ainda não estava completamente solidificada, em 1977 não teve mais jeito: com a publicação de O Iluminado (The Shining), história inspirada em um fim de semana em que passou com sua esposa no Stanley Hotel, em Estes Park (um hotel com fama de mal-assombrado), ele recebeu a alcunha definitiva de escritor de horror. E também, neste ano, Stephen recebeu sua última bênção como pai, o nascimento de Owen Philip King, em 21 de fevereiro.




Owen e O Iluminado não foram as únicas criações de King em 1977. Utilizando seu antigo manuscrito de “Getting it On”, Stephen King resolveu testar sua escrita. O plano seria lançar o romance, agora rebatizado de “Rage” (Fúria), com um outro nome de autor, para ver se ele venderia tanto quanto seus outros romances, ou se as vendagens atuais eram simplesmente influenciadas por sua fama crescente. King prestou tributo a Donald E. Westlake, pegando emprestado o primeiro nome de seu pseudônimo, Richard Stark (o Stark seria aproveitado mais tarde, como sobrenome do vilão do livro A Metade Negra), e o nome da banda Bachman-Turner Overdrive, após ouvir a música “You Ain’t See Nothing Yet” (Você Ainda Não Viu Nada), para criar aquela que seria sua sombra por sete anos:  Richard Bachman.




Os anos se passaram, e o talento de King começou a ser reconhecido mundialmente, principalmente depois que grandes diretores como Brian De Palma, Stanley Kubrick e Rob Reiner adaptaram suas obras para o cinema. A década de 80 veio e se foi com a criação e publicação de Christine, O Talismã (em parceria com seu grande amigo, Peter Straub) e um de seus maiores sucessos: IT: A Coisa. Apesar de ter sido no começo desta década que foi descoberto que Richard Bachman era, de fato, Stephen King (o que obrigou-o a matar Bachman), as vitórias continuaram a vir, não só em seu mundo literário (em 89, King assinou um acordo de 35 milhões com a Viking, até então sua atual editora, pelo lançamento de quatro livros), como também em seu mundo pessoal. Após uma década afundado no álcool e nas drogas pesadas, a família de King (leia-se Tabitha) resolveu dar um basta na auto-destruição do escritor. Pouco depois da publicação de Os Estranhos (livro que reflete bem a antiga situação que King em um dos personagens principais), Tabitha reuniu todo o lixo de King, proveniente das bebidas e das drogas, e jogou tudo aos seus pés, dizendo que ou Stephen procurava se recuperar, ou ele teria que procurar outro rumo. Então, antes que a década de 80 acabasse, Stephen King procurou ajuda para ficar limpo, e conseguiu. Até hoje, Stephen King permanece sóbrio de quaisquer que tenham sido seus vícios.

A década de 90 foi quase uma década de alívio para King, com Eclipse Total, Rose Madder, Desespero, Saco de Ossos (publicado pela Simon and Schuster), mas não totalmente… uma vez mais, King recebeu um forte golpe da vida (só que desta vez, literalmente). O dia era 19 de junho de 1999, o horário era 4:30 da tarde, e o local era a Rota 5, Lovell, Maine. Enquanto fazia sua caminhada vespertina, Stephen foi atropelado por Bryan Smith, que dirigia sua mini-van e fora distraído por seu cão, que estava na traseira. A pancada foi tão forte, que King aterrissou a cinco metros, numa depressão fora da estrada. Ainda consciente, King conseguiu dar o número do telefone de sua família e foi levado ao Northern Cumberland Hospital, em Bridgton, sendo depois trazido de helicóptero para o Central Maine Medical Center, em Lewiston. King sofreu múltiplas fraturas em sua perna direita, além de ter o quadril quebrado, e o pulmão atingido. Os médicos chegaram a considerar amputar a perna direita de Steve, tamanho o estrago, mas, depois de cinco operações em dez dias, e depois de muita terapia física, King salvou sua perna… mas suas dores continuaram por meses. Com medo de que a van que o atropelara pudesse ser vendida em sites como o eBay, King a comprou por 1.500 dólares com a intenção de destruí-la com uma marreta assim que ficasse bom. Em 2002, devido às dores e lesões deixadas pelo acidente, King chegou a anunciar sua aposentadoria, mas para o alívio dos fãs, ele acabou voltando atrás, completando a saga A Torre Negra e continuando na ativa até hoje. Em 2003, King recebeu o The National Book Foundation Medal for Distinguished Contribution to American Letters.

Desde o começo de sua carreira até hoje, King publicou exatos 44 romances (contando com os 8 livros da saga A Torre Negra; Joyland e Doctor Sleep, e sem contar o livro-roteiro Storm of the Century, e o romance inacabado The Plant), 10 coletâneas de contos e noveletas, 8 livros sob seu pseudônimo, Richard Bachman (incluindo Os Livros de Bachman), e mais 6 livros na categoria de não-ficção, totalizando 68 publicações. Além disto, as obras de King já foram adaptadas para as mais diversas mídias, como histórias em quadrinhos, seriados, e peças de teatro. King se tornou um ícone da cultura pop, reconhecido por várias gerações e nações, sendo admirado, imitado, e até mesmo parodiado. Por incrível que pareça, Stephen King não mostra qualquer sinal de que está para parar. Em 2014, ele publicará Mr. Mercedes, romance sobre um detetive aposentado que corre contra o tempo para impedir que um terrorista psicótico realize seu próximo atentado; e Revival (seu 70º livro publicado), romance de sinopse ainda desconhecida. Além desses, King ainda está devendo para seus Leitores Fiéis o último romance da trilogia d’O Talismã, a ser escrito em parceria com Peter Straub. Para os contentes fãs, isto só significa mais e mais sustos e emoções, que apenas o Mestre do Horror Moderno seria capaz de provocar.
Alguns dos Importantes Livros de Stephen King


Stephen King atualmente vive com sua esposa Tabitha e seus três filhos em Bangor, Maine.

Mansão onde Stephen King mora té hoje com a Mulher Tabitha King


Abaixo algumas animações sobre King e seus Livros:








Nenhum comentário:

Postar um comentário

Entre na discussão,comente aqui!