segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Fear The Walking Dead: Resumão do que foi falado na Comic-Con 2015


Fear the Walking Dead chega às telinhas de todo mundo no próximo dia 23 de agosto. No Brasil, o canal AMC já confirmou a exibição simultânea da produção, que se passa no mesmo universo que The Walking Dead. Durante a Comic-Con 2015, o AdoroCinema se reuniu para uma rodada de entrevistas com boa parta da equipe da produção. Estavam presentes os produtores e os principais atores.



SPIN-OFF?
Greg Nicotero, Cliff Curtis e Gale Anne Hurd

Produtora executiva de Fear the Walking DeadThe Walking DeadGale Anne Hurd fez questão de deixar claro que não estamos diante de um spin-off. “O que há em comum é Robert Kirkman, que criou os quadrinhos de The Walking Dead. Aqui, não se trata de uma adaptação. Foi cocriada por Kirkman e Dave Erickson. E realmente está seguindo uma linha do tempo que não é mostrada em TWD. Não é um prelúdio e não é um spin-off pois os personagens de TWD não estão aqui. As regras, sim, são as mesmas. O universo das regras, o que os zumbis podem fazer, tudo aquilo. Não teremos, é claro, zumbis super-rápidos ou coisa parecida”, completou.

“Na primeira temporada de TWD, quando Rick acorda do coma já se passaram meses e você acaba experimentando aquele cenário de forma imediata, a epidemia já tinha acontecido”, lembrou o também produtor executivo Greg Nicotero. “E Morgan passa a regras para o Rick. Basicamente, ele nos conta as regras. Aqui, não há ninguém para explicar”, disse Anne Hurd.

Cocriador de FTWDDave Erickson falou como se envolveu no projeto: “Eu já havia trabalhado com o Robert Kirkman. Escrevi um piloto para ele anos atrás e circulei TWD por algumas temporadas, mas acabei não me envolvendo. Quando decidiu que queria fazer uma outra história, ele me chamou. Ele já tinha feito boa parte do trabalho, pensado bastante em termos de localização e geografia da narrativa. Sentamos para construir histórias. Tem sido fantástico. Ele criou esta mitologia incrível. Acho que criamos algo que faz justiça a esta mitologia, mas que também é único e diferente. Acho que as duas séries se complementam bastante.”



ENCONTRO ENTRE AS SÉRIES?
Dave Erickson e Frank Dillane

Erickson respondeu a questão que todo mundo quer saber: há planos para um encontro entre as histórias de FTWD e TWD? “Não há nenhuma previsão para isto e se for para acontecer deve ser daqui umas 15 temporadas. Sempre que se conta duas histórias num mesmo universo há o impulso de coloca-las lado a lado, mas isso não está na mesa. Acho que se eu tentar isso, o Scott Gimple (produtor de TWD) irá me matar”, disse.

O criador garantiu ainda que não existem planos nem para os famosos easter eggs. Ou seja, pequenas referências ou citações. “Acho que as duas séries irão viver lado a lado indefinidamente. É possível que tenham coisas que os fãs enxerguem. Podem até ver coisas que eu não vejo. Por exemplo, a Kim Dickens é do Alabama. Quando ela começar a falar com aquele sotaque do Sul, aposto que vai ter gente criando ligações”, afirmou Erickson.



ZUMBIS

Erickson informou que assim como em TWD, a nova série não vai usar o termo “zumbi”. “Esta é uma das primeiras regras estabelecidas pelo Robert. Ele decidiu que jamais usaria. Estamos em um universo sem George Romero. Se usássemos a palavra, se os personagens já conhecessem a ideia, tudo seria muito simples.”



INÍCIO DA HISTÓRIA
Ruben Blades e Mercedes Mason

“Na outra série, o cara está em coma por seis semanas, sei lá. Ele acorda e não encontra ninguém. Ele não pode simplesmente pedir uma pizza. No nosso caso, tudo está acontecendo em tempo real. 

Você não sabe o que está acontecendo”, adiantou o ator Rubén Blades. A atriz Mercedes Mason, que vive a filha do personagem de Blades, continuou: “Os nossos personagens, Ofelia e Daniel, acham que é uma epidemia de ebola ou alguma outra infecção. Nós sabemos o que acontece, mas os personagens não.”



LOS ANGELES

Um dos diferenciais de FTWD é o cenário urbano. A trama será passada toda em Los Angeles. “Tem um clima muito diferente. É muito urbano. Não é a típica LA. Não é em Hollywood”, afirmou a jovem atriz Alycia Debnam-Carey.



PERSONAGENS

“Sou apenas um professor de inglês. O primeiro instinto de um professor de inglês não é matar uma pessoa que parece estar simplesmente gripada. Se você trabalha numa escola de ensino médio em LA, se uma pessoa perde o controle e fica um pouco violenta, você detém ela. Você tenta controlar a situação. Você treina para lidar com isso, mas não se prepara para estourar suas cabeças. Seria um comportamento inaceitável”, destacou o protagonista Cliff Curtis.

“Uma das formas em que eu reconheço um bom personagem é quando a força dele pode ser o defeito de outro e vice-versa. Obviamente, falei um pouco sobre sua fraqueza e o fato de não estar preparado, mas o que mais me fascinou é que ele está mais interessado nos corações e mentes das pessoas do que em armas e espadas. Ele se preocupa com a comunidade e a família. Eu sou um otimista. E amo interpretar um personagem que seja otimista com relação à bondade na humanidade. Não sei por quanto tempo isso vai durar neste universo, mas amo isso”, continuou Curtis. 

Kim Dickens e Alycia Debnam-Carey

Na série, o personagem de Curtis está envolvido com a de Kim Dickens. “Somos ingênuos e ignorantes diante de tudo o que acontece. Minha personagem é bem pragmática, com instinto de sobrevivência. É uma mulher forte que já superou muitos obstáculos em sua vida”, afirmou a atriz. Este lado pragmático irá gerar conflitos com o companheiro.

“Eu interpreto Nick, o filho da Madison. O que me interessou no projeto foi que está alinhado com este momento em que vivemos. Eu fui no cinema outro dia, estava passando Tomorrowland, Mad Max, tudo sobre o fim do mundo, sobre o apocalipse. Como ator, acho muito interessante estar envolvido em um projeto que trate destes temas neste momento”, revelou Frank Dillane.

Questionado se poderia falar alguma coisa sobre seu personagem, Blades brincou: “Não. Você não está vendo os snipers (apontando para o alto do prédio).” Ele adiantou, no entanto, que viverá uma personagem da América Central que se muda para os Estados Unidos por razões políticas. “Aos poucos percebemos que ele não é o que parece”, disse o ator. O personagem será um mistério até mesmo para a filha Ofelia. “Ela veio para os EUA muito nova, então é muito americanizada. Ela é muito protetora com relação ao pai, mas com o tempo vai vendo que ele não é aquilo que ela sempre acreditou”, afirmou Mason.



ENTRADA NO PROJETO
Lorenzo James Henrie e Elizabeth Rodriguez

A atriz Elizabeth Rodriguez, que vive a ex-mulher do personagem de Cliff, passou por uma situação curiosa antes de entrar pra série. “Eu fiz o teste para o papel da Kim já sabendo que não ia conseguir. Só fiz o teste porque era muito fã do Dave Erickson e do Adam Davidson, nosso diretor. Não tinha nada a perder”, contou. E deu certo. Erickson gostou do que viu e convidou ela para o papel, que não tinha sido escrito para uma latina. “Foi algo muito significativo, pois já tem toda uma história envolvendo um núcleo latino americano”, afirmou Rodrigues.



PRESSÃO

Rubén Blades admitiu que a série sofre um pouco de pressão por seu parentesco com TWD. “É como ser o filho do Messi ou do Pelé. Você vai jogar como ele? Vamos ver”, afirmou.
INFLUÊNCIAS

“Quando estávamos desenvolvendo o piloto, eu e o diretor falamos sobre Os Invasores de Corpos, de Philip Kaufman, que constrói um clima fantástico de desespero e paranoia. Eles estão em São Francisco e está tudo normal. Do nada, algumas coisas começam a acontecer, mas ainda existem pessoas levando suas vidas normalmente. Foi uma grande referência”, revelou Nicotero.


Fonte: Adorocinema

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