domingo, 2 de agosto de 2015

Os produtores de Fear the Walking Dead defendem o título e respondem a perguntas quentes

Não espere ouvir “walkers” ou descobrir a causa do surto.

O elenco e os produtores de Fear the Walking Dead, da AMC, se encontraram hoje (31/07) com um grupo de jornalistas cético e ao mesmo tempo otimista no Television Critics Association, onde produtores ajudaram a juntar as peças de como vai funcionar a relação entre essa série aliada com a série zumbi de sucesso.

O drama, do criador de The Walking Dead Robert Kirkman e do produtor Dave Erickson, estrela Cliff Curtis como Travis, um professor que tem um filho, Chris (Lorenzo James Henrie) com sua ex-mulher Liza (Elizabeth Rodriguez, de Orange is the New Black). Travis está em um relacionamento amoroso com a orientadora Madison (Kim Dickens). Frank Dillane co-estrela como o filho viciado de Madison, Nick; eAlicia Debnam Carey é a filha ambiciosa de Madison, Alicia, completamente diferente de Nick e que deseja sair de Los Angeles para ir à Berkeley quando o apocalipse começa. Ruben Blades co-estrela como Daniel Salazar, e Mercedes Mason é a filha de Daniel, Ofelia, que encontra o elenco principal quando a civilização começa a ruir. Adam Davidson coproduz e dirige o episódio piloto. A série derivada – pelo menos na primeira temporada – se passa no começo do surto, no período em que Rick Grimes (Andrew Lincoln) estava em coma durante o episódio piloto de The Walking Dead. (Kirkman não estava presente e ainda se recupera de uma cirurgia na garganta que também o forçou a faltar a Comic-Con).

Aqui estão os destaques do painel:
Kim Dickens, Cliff Curtis, Frank Dillane e Alycia Debnam-Carey.


Sobre a taxa de mortes de personagens afro-americanos.
Os primeiros episódios (os dois primeiros foram disponibilizados para os críticos) mostram dois personagens afro-americanos em perigo e Erickson apontou que a série – assim como o original – dá as mesmas oportunidades quando se fala de mortes de personagem. “Haverá um balanço; têm uma porção de personagens brancos que também morre”, disse.


Não espere ouvir “walkers” nessa série.

The Walking Dead evita usar o termo “zumbi” e Fear the Walking Dead evitará usar o termo padrão da série original, “walkers”. 
“Nós não os chamamos de walkers, nós estamos surgindo com o máximo que pudermos do linguajar da Costa Oeste”, disse Erickson, apontando que o ritmo de Fear é mais lento do que o de The Walking Dead. “Nós tentamos ir devagar com a história e focalizar na ansiedade, na tensão e na paranoia que surge com o surto, tanto quanto focalizamos nos zumbis.”

Alycia Debnam-Carey, Elizabeth Rodriguez e Mercedes Mason.


A primeira temporada não vai terminar no mesmo período de tempo em que Rick acorda do coma.

Erickson disse que ele está dando um espaço para alcançar o despertar de Rick. “No final da primeira temporada, nós sabemos que o mundo mudou, é o fim do mundo como o conhecemos mas nós não estamos no mesmo lugar onde Rick estava quando acordou na Geórgia”. Ele disse.“No final da primeira temporada, ainda há um espaço de tempo e muito exploração a ser feita em tudo que restou. Nós percebemos que as coisas mudaram mas ainda há um mundo inteiro… [Eles ainda estão] isolados da grande verdade por trás do que está acontecendo. Parte do que vamos explorar na segunda temporada é isso. 

Nós iremos procurar um santuário e brigar pra conseguir entrar? Isso não é algo que explorarei na segunda temporada”, apontou Erickson, mas não afirmando o mesmo com relação à terceira temporada.


Não espere ver a causa do surto.

“Não”, um Erickson confidente reiterou quando perguntado se Fear responderia a maior pergunta envolvendo o universo The Walking Dead (incluindo a HQ): como isso tudo começou.

“O objetivo de Robert era examinar elementos da série e da HQ que ele ainda não tinha examinado”, disse Erickson. Dave Alpert, que desenvolveu tanto a série original quanto Fear, adicionou: “A série na sexta temporada é diferente do que estava acontecendo na primeira temporada, e há muitas perguntas sobre coisas que aconteceram na primeira temporada que nós pensamos que era uma área madura que não iria aparecer na nave-mãe. Nós consideramos Fear única o suficiente para se manter sozinha com personagens que você se interessaria”

O que será visto, no entanto, são os primeiros respondentes ao surto. “Quando Rick sai do hospital no episódio piloto… você vê a presença de militares e unidades MASH (unidades hospitalares móveis do exército). Nós não vamos contar a história do ponto de vista de alguém do CDC (Centro de Controle de Doenças) ou do exército, nem dos generais nem políticos, mas você vai ver o exército, e você terá uma ideia dos primeiros respondentes do surto, os caminhos laterais que tomaram e o que fizeram para proteger suas famílias. Isso é bem uma parte do arco da temporada.”

Dave Erickson, Adam Davidson e Dave Alpert.


 verdade é um drama familiar – com zumbis.

Davidson enfatizou que Fear planeja manter a ação por focalizar na família e também que a série não terá uma rotina lenta que The Walking Dead teve enquanto estavam na fazenda de Hershel (Scott Wilson). “Nós estamos experimentando a queda de Los Angeles através da queda desta família, e você está nas trincheiras com eles”, disse Erickson. “É isso que deixa Fear emocionante e o que deixa a série sentimental e fundamentada. É uma cidade com 14 milhões de pessoas – haverá muitos encontros com os infectados”. Erickson ainda adiciona: “Quando ficar muito entediante, usaremos aquelas risadas pré-gravadas.”


Fear não vai alcançar a série original – pelo menos ainda não.

“O coma de Rick durou aproximadamente de quatro a cinco semanas. Se você acompanhar a trajetória de nossa história, o ponto inicial não será diferente”, disse Erickson, acrescentando que a primeira temporada cobre um período de três semanas. “Pode ser que chegue uma hora em que nós alcancemos a cronologia… talvez exista uma temporada na qual façamos um grande corte temporal, porque isso é interessante do meu ponto de vista. A ideia pra primeira e pra segunda temporada não será ‘Como nós interagimos com eles ou alcançamos a série original.”


Sobre o título…

Depois que a AMC confirmou que a série se chamaria Fear the Walking Dead, críticos e fãs instantaneamente destroçaram o título. Erickson e Alpert apontaram que foi um longo processo para se solidificar o título que era o nome do script original. 
“Nós queríamos The Walking Dead no título e queríamos evitar The Walking Dead: Los Angeles. Então colocamos algo a mais no começo”, disse Erickson, apontando que a série se tornou mais conhecida como Fear nos meses em que o lançamento da série (e subsequentemente a segunda temporada de 15 episódios) foi anunciado. O produtor também diz que Ruben tem uma fala que inclui“medo é o caminho mais legal” (no original, “Fear is the coolest way”). “Houve uma razão prática para fazer isso, mas também fala um pouco sobre o que os personagens estão passando e para onde a série irá em determinado grau.”


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