terça-feira, 22 de setembro de 2015

Cinco razões para crer que Iniesta seria dispensado na base brasileira


Li está matéria sobre um dos maiores jogadores da história da Espanha, e após ler fiquei impressionado pois o que foi dito é exatamente a verdade, por mais incrível que pareça esse jogador espetacular não seria bem visto inicialmente em nenhum clube e seria logo vendido ou não aproveitado. Veja a matéria abaixo e tire suas próprias conclusões:


Andrés Iniesta é hoje um craque de nível mundial. Autor do gol do título espanhol da Copa do Mundo de 2010 e de incontáveis serviços prestados ao Barcelona, já não é mais contestado mundialmente. Falar isso hoje, no entanto, é chover no molhado, e nem sempre foi assim.

O mérito do êxito de Iniesta é dele, e ninguém tira. Mas é também do Barcelona, que bancou e apostou em um jogador que poucos apostariam. Na base brasileira, ou nos clubes profissionais daqui, é possível encontrar, nas estatísticas, argumentos para crer que Iniesta não teria nem o respaldo e nem a paciência para se tornar o que se tornou. Confira alguns deles:


1 - O porte físico. Iniesta tem apenas 1,70m. Não é um velocista, como é Messi. Não é forte fisicamente. Também não é um exímio finalizador que faz muitos gols de fora da área (embora faça uns golaços importantes em alguns momentos).

2 - A demora na maturação. Iniesta virou titular do Barcelona com 24 anos. Alguém aí conhece algum clube brasileiro que espera um jogador da base virar titular até os 24 anos? Pouquíssimos. Antes disso, ele é vendido, emprestado ou dispensado. 

3 - O jeito introvertido. Iniesta teve dificuldades de adaptação em Barcelona. Baixinho e com problemas pessoais que interferem no rendimento em campo, seria fatalmente um nome cogitado em listas de dispensa.

4 - O antimarketing. Iniesta é o avesso de Neymar. Não usa brinquinho, não pinta cabelo (até porque já são raros os sobreviventes), não fica em evidência fora do campo. Se não resolvesse dentro dele, jamais seria visto. Se não resolvesse em campo, não seria um produto a ser vendido cedo, e os clubes brasileiros adoram um dinheirinho vindo de venda de jogadores.

5 - O contexto da época. Em 2003, quando Iniesta subiu, o Brasil era campeão de tudo, do sub-17 ao profissional. Com jogadores fortes em todas as categorias (Rivaldo e Ronaldo, no profissional, Daniel Carvalho e Dudu Cearense nos juniores, Abuda e Roncatto nos juvenis), poderia não haver espaço para alguém como Iniesta. Não era o tipo de jogador que a maioria dos clubes brasileiros queria produzir, e talvez não continue sendo.


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