Alycia Debnam-Carey, que interpreta Alicia Clark em Fear the Walking Dead, fala sobre a perspectiva adolescente durante um apocalipse e compartilha seus pensamentos sobre a chegada dos militares no terceiro episódio, S01E03 – The Dog.
P: Além de compartilhar o nome, você encontrou quaisquer outras semelhanças entre você e sua personagem?
Alycia Debnam-Carey: Acho que ela me deu inspiração nesse estilo meio urbano. Ela é carinhosa e amorosa, mas há certa dureza nela, porém ela resiste a isso. Eu gostaria de pensar que eu sou um pouco assim.
P: Como foi a experiência de retratar a perspectiva de uma adolescente durante isso tudo? Além de deveres de casa e cartas de aceitação da faculdade, agora você tem que se preocupar com seu par no baile de formatura querendo comer o seu cérebro…
Alycia Debnam-Carey: Eu acho que essa oportunidade é incrível e é um ótimo novo elemento para a série. É uma posição única para se estar. Você tem tudo planejado para seu futuro e isso é uma das coisas mais tristes sobre Alicia. Ela tem muito a perder, porque ela tinha muito a ganhar. O personagem de Nick é completamente o oposto. Foi difícil porque houve momentos no roteiro em que pensei: “Isso é uma coisa tão feia de se dizer!” Como uma adolescente, esta é a sua vida. Ou é tudo um grande drama ou um tédio completo.
P: Alicia era loucamente apaixonada pelo seu namorado, Matt. Qual é a desvantagem de ser uma jovem apaixonada durante um apocalipse?
Alycia Debnam-Carey: Sim, esta é uma posição perigosa de se estar. [Risos] É uma faca de dois gumes, porque você precisa encontrar pessoas que você ama neste mundo para tornar a vida um pouco mais bonita novamente, mas isso também significa que você não pode protegê-los o tempo todo. Ter esses afetos faz de você o alvo perfeito para uma carnificina emocional.
P: Alicia não está ciente do que está acontecendo inicialmente. Você gostaria de ser protegida de tudo isso por sua família, ou você acha que é melhor saber o que está acontecendo?
Alycia Debnam-Carey: Eu gostaria de saber, com certeza. Eu não sou uma adolescente, então acho que meus pais não seriam capazes de guardar essa informação de mim. Acho que é importante para todos saber o que está acontecendo em algum ponto. Se não soubesse, provavelmente significaria que eu seria morta mais cedo. Eu quero todas as chances que eu puder conseguir! [Risos]
P: Ao final do terceiro episódio os militares apareceram. Você confiaria neles se você fosse Alicia?
Alycia Debnam-Carey: Quem pode dizer que eles estão fazendo o bem e estão aqui para te proteger? Uma vez que a civilização termina, eles não têm qualquer razão para continuar ajudando outras pessoas, pois não há mais nenhum benefício nisso. Quando algo ruim acontece, é como um efeito dominó. Tudo cai… Isso vale para todos. De repente, você não pode mais confiar em ninguém.
P: Sua personagem tinha a certeza que levaria seus fones de ouvido nas malas quando a família Clark estava fugindo para o deserto. Qual seria a primeira coisa que você levaria?
Alycia Debnam-Carey: A música seria uma grande coisa para mim, mas que não duraria muito tempo. Eu provavelmente escolheria algo sentimental e de valor, como uma fotografia ou um colar. Todo o resto não significa nada nesse mundo.
P: Você acha que Travis fez a escolha certa ao deixar a família Salazar entrar na sua casa?
Alycia Debnam-Carey: Eu não acho que Alicia acha que Travis esteja fazendo nenhuma boa escolha. [Risos] Ela está confusa porque ele está em sua casa de qualquer maneira, e agora ele está tomando todas as decisões e deixando outras pessoas entrarem. Há uma crise, e apesar de tudo, ele está sendo um ser humano generoso.
P: Como foi quase ter sido pega pela vizinha infectada dos Clark?
Alycia Debnam-Carey: Surpreendentemente assustador! Aí está a alegria nessa situação. Há tanta adrenalina. Você é pego na respiração, na corrida e na fisicalidade da situação. Eu tive algumas contusões, mas foi divertido fazer parte disso.
P: Você é uma nativa australiana. Você preferia ser presa no apocalipse na Austrália ou em Los Angeles? Quais são alguns dos prós e contras de cada lugar?
Alycia Debnam-Carey: Definitivamente Austrália. Se houver algum porto seguro neste planeta, a Austrália está na lista. Estamos tão isolados. Têm ambientes agressivos, mas uma vez que você vive lá, você sabe como lidar. Em LA, você só conhece a comunidade e essa é a primeira coisa a cair, então seria difícil se ajustar. Além disso, com o vírus, boa sorte para conseguir ir à Austrália! [Risos] Nós estamos tão longe de todos.
P: Você acha que o apocalipse é mais assustador nos estágios iniciais ou nos estágios posteriores? Existe esperança no início?
Alycia Debnam-Carey: Eu acho que a fase inicial é mais assustadora. Você não sabe nada sobre o que está acontecendo e de repente você fica tipo, “Espera aí. Eu tenho que matar esta pessoa? Eu tomei café com ele ainda ontem. Eles estão apenas doentes, com certeza.” Isso foi difícil de filmar também, porque nós estávamos tentando descobrir quanta informação tínhamos e como não antecipar coisas. Sabemos, como seres humanos, o que está por vir, mas esses personagens não têm ideia.
Fonte: Walking Dead BR
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