Tom Luse, produtor executivo de The Walking Dead, fala sobre filmar em Alexandria e compartilha seus pesadelos mais assustadores com zumbis.
P: Qual foi a coisa mais desafiadora na produção da sexta temporada até agora? Como você está lidando com isso?
Tom Luse: Acho que na sexta temporada estamos nos desafiando a fazer a série em vários sentidos, estamos mais ambiciosos que nunca antes. Nós temos cenas com números alarmantes de zumbis, temos novos lugares, também figurantes bem ambiciosos e efeitos que desafiam todos nossos departamentos. Em todos os níveis, estamos indo por esse caminho e espero que consigamos fazer tudo!
P: Como um nativo de Georgia, quais são alguns dos desafios de fazer com que a série se passe na região de Washington D.C.? O que fica igual e o que você tem que falsificar?
Tom Luse: Estamos nos afastando de algumas coisas de Georgia. A vegetação é similar, felizmente. O barro vermelho e sujeira que temos aqui em Georgia não é comum em Alexandria, então isso é uma diferença que tentamos evitar. Na arquitetura, estamos construindo algumas coisas que certamente tem um estilo Virginiano clássico.
P: Nós sabemos que Alexandria é uma comunidade real onde pessoas vivem. Quais outras locações são lugares reais que os fãs talvez não saibam?
Tom Luse: Temos que planejar semanas ou meses antes quando temos que filmar em locais e cidades que representam a área em volta de Alexandria, que são lugares de verdade, com pessoas que tem trabalhos e onde lojas funcionam. Temos que retirar todos eles do local porque no apocalipse zumbi não há eletricidade, luzes de trânsito, carros ou aviões. Tudo está morto. Então temos que trabalhar em estreita colaboração com as comunidades locais onde filmamos para basicamente fechar tudo. Até agora temos tido bastante sucesso nesse quesito.
P: Que lugares novos veremos nessa temporada? Algum diretamente dos quadrinhos que os fãs reconhecerão?
Tom Luse: Há muitas coisas dessa temporada que os fãs reconhecerão dos quadrinhos, mas eu não posso falar porque minha cabeça será cortada.
P: Com sua experiência em trabalhar com filmes de terror, você consegue visualizar um filme de The Walking Dead? Não é pra aumentar as esperanças dos fãs, mas para você como seria esse filme?
Tom Luse: Seria igual à série de TV, porque adotamos uma abordagem de fazer um pequeno filme independente de longa-metragem em cada episódio. Começando com o roteiro e avançando para cada detalhe, tentamos contar uma história inteira e temos uma abordagem bastante cinematográfica para essas histórias. Certamente, com um filme, teríamos mais tempo para criar uma história maior, mas eu acho que o que fazemos toda semana é tentar contar um pequeno filme com cada episódio.
P: Você nos disse que, na verdade, você é um peso leve quando se trata do gênero de terror. Trabalhar em The Walking Dead te ajudou a amadurecer um pouco mais?
Tom Luse: Não sou bom com filmes de terror, eles me assustam, mas sou um grande fã de Hitchcock desde criança. Terror não é algo que eu lido muito bem, mas gosto de produzi-los. Tenho trabalhado em filmes como “Jeepers Creepers” e “The Collection”. Eu gosto do processo criativo e de trabalhar com artistas para inventar piadas e lugares, então a parte narrativa de The Walking Dead é o que eu realmente gosto. Os zumbis são só um bônus.
P: Você teve algum pesadelo com zumbis depois desses anos todos? Qual foi o mais assustador?
Tom Luse: Eu tive alguns. O primeiro foi ano passado e foi basicamente acordar do lado de um zumbi. Eu virei pro lado e lá estava um zumbi na minha cama, o que provavelmente pode acontecer durante um apocalipse. Então, esse sempre é um bom sonho.
P: No começo da primeira temporada, você fez alguma previsão sobre onde alguns dos personagens acabariam? Quão longe da marca você passou?
Tom Luse: Foi muito divertido continuar essa série, mas nenhum de nós pensou que seria o sucesso que é, então ninguém realmente pensou tão longe assim. Nós nunca sonhamos que a audiência cresceria do jeito que cresceu e ficamos impressionados todos os dias com o que aconteceu. Bem no começo, nós nem pensávamos que os personagens chegariam tão longe. [Risadas]
P: Qual arco de personagem/evolução mais te surpreendeu?
Tom Luse: Carol teve as mudanças mais dramáticas por conta de como ela começou – como a mulher de um marido abusivo. Ela passou por tempos bem difíceis e emergiu como alguém que é incrivelmente protetora com sua equipe, e isso a fez se tornar uma personagem incrivelmente atraente.
P: Você se acha mais parecido com as pessoas de Alexandria ou com o grupo de Rick?
Tom Luse: Bem, se você quer sobreviver, é melhor ser como o grupo de Rick!
P: É estranho ter Lennie James no set todo dia agora em vez de só uma vez por temporada? O que ele trouxe pra dinâmica do elenco?
Tom Luse: Sou um grande fã do Lennie James. Ele traz uma natureza intensa, inteligente e bondosa. Seu personagem precisou de alguns treinamentos e surpreendeu muito quando voltou dos treinos. Esse tipo de atenção aos detalhes e o trabalho duro que ele coloca em tudo que faz aparece na tela. Ele traz uma dedicação a sua arte sem igual.
Fonte: WalkingDead BR
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