“O filme tem um ponto de partida realmente claro, que é: este não é um filme sobre zumbis. Acabamos surpresos com o quão difícil foi ter que trabalhar para fazer com o que este não fosse um filme sobre zumbis, até porque Stephen King dedicou o livro a [George A.] Romero”, contou o diretor, que também falou sobre a trama.
“A história acontece em um belo dia. Todos que estão usando um celular captam um sinal que essencialmente apaga o cérebro e os fazem voltar a um tipo de estado animal e violento. Daí há uma série de revelações sobre no que eles realmente estão se tornando. Não é algo contagioso, mas há maneiras d’O Pulso’ encontrar suas vítimas. Então, a coisa cresce, mas, essencialmente, o filme fala sobre o momento quando a maioria das pessoas é convertida ou não. As pessoas que não são convertidas, são quase imediatamente mortas. Há poucos sobreviventes restantes”.
Willians prosseguiu comparando os fonáticos a uma colmeia de insetos. “Há um biólogo maravilhoso em Harvard chamado Edward O. Wilson, que escreve sobre ‘animais eussociais’. Há os animais sociais, que incluem os sociais e eussociais, como humanos, formigas, abelhas e vespas, que dominaram nosso planeta de modo impressionante. Os seres humanos são os mais sociáveis, mas os eusssociais, que são as formigas e abelhas, são, essencialmente, um único organismo. Então, uma colmeia de abelhas não é realmente um grupo de indivíduos, mas um organismo, e um muito bem-sucedido. Há uma filantropia nisso que é admirável.
Pensamos um poucos nas teorias de Wilson sobre animais eussociais quando tratamos destas criaturas (osfonáticos)”, explicou o diretor.
Pensamos um poucos nas teorias de Wilson sobre animais eussociais quando tratamos destas criaturas (osfonáticos)”, explicou o diretor.
Tod Willians também contou como foi difícil evitar comparações e influências da série “The Walking Dead” enquanto gravava o filme.
“Estávamos procurando coisas para colocar em nossa cidade apocalíptica, na qual não ficamos por muito tempo, e minha equipe achou este ônibus queimado, e eles disseram ‘Este ônibus queimado é incrível. Podemos trazê-lo aqui. Vai ficar ótimo’. Só que acontece que aquele ônibus havia sido usado no piloto de ‘The Walking Dead’, e eu fiquei, ‘Qual é, cara’. O desafio de filmar em Atlanta era evitar ‘The Walking Dead’. E ainda assim, conseguimos o apoio de várias pessoas com experiência que trabalharam em ‘The Walking Dead’, tanto para aprender o que eles sabiam quanto para evitar de repetir o que eles haviam feito. Uma das coisas que tivemos que descobrir rapidamente foi o modo como as criaturas se mexeriam. É muito fácil dizer para um extra ‘andar desengonçado’, mas instantaneamente eles parecem que saíram de ‘The Walking Dead’. Fomos a Chicago e trouxemos um grupo de balé e de improvisadores; passamos três ou quatro dias inventando movimentos que refletissem mais um comportamento de uma manada do que de um grupo de zumbis”.
Estrelando “Cell” estão John Cusack e Samuel L. Jackson, reeditando sua parceria de “1408”. Tod Willians, por sua vez, afirmou que um dos fatores que o fez querer dirigir o filme, depois de uma experiência recente com o terror (o segundo capítulo da franquia Atividade Paranormal), foi exatamente os dois atores.
“O projeto chegou a mim quando John Cusack já estava a bordo. John é um grande fã dos filmes de Romero e muito sabido quando o assunto se trata de zumbis. Ele é uma pessoa inacreditavelmente bondosa, e Sam é um profissional e um cavalheiro.
Trabalhar com eles é como pilotar uma BMW 7 Series. É fácil de dirigir porque você tem o melhor ao seu dispor”, comparou.
Trabalhar com eles é como pilotar uma BMW 7 Series. É fácil de dirigir porque você tem o melhor ao seu dispor”, comparou.
Por fim, Tod Willians falou sobre as regras dos filmes de zumbis e de como elas não são exatamente mantidas em “Cell”. “Há violência no filme, mas eu não diria que é excessivamente violento. Acho que a experiência é muito tensa. Eu diria que há um clima de suspense ao longo de todo o filme; você está vivendo em mundo que se tornou desconhecido. É diferente dos zumbis que viemos a conhecer, onde se entende as regras, que são: se eles te mordem, você se transforma num zumbi, se atirar na cabeça deles, eles morrem. Isso é muito consistente.
Stephen King não está interessado em um grupo estático de regras, e sim na contínua evolução de alguma versão futura da humanidade. Há muito mistério no que está acontecendo e King se faz confortável com o mistério que permanece. Eu acho que é isso que me atrai à ideia. Não é algo resolvido, diferente da maioria dos filmes de terror. Há um desejo de criar regras para as coisas, e quando se há regras, você começa a se afastar do subconsciente, do mistério e do desconhecido, e isso é o coração do terror”, finalizou.
Stephen King não está interessado em um grupo estático de regras, e sim na contínua evolução de alguma versão futura da humanidade. Há muito mistério no que está acontecendo e King se faz confortável com o mistério que permanece. Eu acho que é isso que me atrai à ideia. Não é algo resolvido, diferente da maioria dos filmes de terror. Há um desejo de criar regras para as coisas, e quando se há regras, você começa a se afastar do subconsciente, do mistério e do desconhecido, e isso é o coração do terror”, finalizou.
Enquanto “Cell” não chega às telonas, confira a galeria de fotos do filme com algumas imagens novas da produção.
Fonte: King Of Maine
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